2015-09-11
Texto: Carlos A Henriques
Imagem/Edição: Bruno Domingues
Ao segundo dia da IBC 2015 abriram-se as portas à exposição de equipamentos, havendo cerca de 1.700 stands, onde os fabricantes iniciaram a mostra do que melhor conseguiram produzir desde a última edição em 2014.
Entretanto, antes da chamada abertura oficial, fomos assistir a uma Conferência promovida pela IABM, que o mesmo é dizer, a Associação da Indústria dos Fabricantes Broadcast, na qual foi possível acompanhar o andamento do negócio até aos dias de hoje, assim como as previsões para o futuro.
Para discussão dos números apresentados, constituiu-se um painel no qual figuraram os representantes de algumas das marcas mais significativas.
A Sony, como é habitual, fez a sua Conferência de Imprensa no seu stand e recorreu ao seu corpo dirigente, ao mais alto nível, para marcar presença assim como fez a apresentação da sua “artilharia” pesada, indo o nosso destaque para duas novas câmaras, concretamente a PXW-FS5, resolução 4K, e a versão de registo interno com a resolução 4K da A7S, passando este novo membro da família a ter a designação A7S-II.
A SAM, a nova designação para a Quantel/Snell, fez também a sua primeira Conferência de Imprensa, na qual foi possível explicar as razões desta fusão, mantendo a empresa o seu percurso no campo do desenvolvimento de equipamentos de qualidade suprema, como o Pablo Rio que agora passa a designar-se por Quantel Rio, assim como soluções IP, 4K e HDR (High Dynamic Range).
O sistema Rio Connect permite trabalhar, de um modo eficaz, com oito ilhas de edição Quantel Rio não instaladas no mesmo espaço.
Numa outra Conferência na qual se discutiu “A Revolução do IP nas Infra-estruturas”, em que se preconiza o fim da distribuição SDI a favor do IP, debateu-se as vantagens e desvantagens do primeiro em relação ao segundo, concluiu-se que vamos ter menos cabos nas instalações convencionais de empresas de Televisão e Pós-Produção, mais sinais em trânsito, não havendo da parte operacional qualquer tipo de adaptação a esta nova filosofia.
Apesar do IP apresentar sobre o SDI vantagens largamente superiores, há, contudo, algumas vozes que continuam a afirmar que a mudança em curso não faz sentido.
O Cinema Digital continua a dar que falar, assim como o sistema ACES a carecer da parte dos seus mentores os necessários esclarecimentos. Foi o que aconteceu no Grande Auditório da RAI, em que foi explicada a razão da sua existência, ou seja, a adaptação cromática, de acordo com o diagrama da CIE, entre o processamento de captação pós-produção e reprodução em ecrã de sala de Cinema.
A sua implementação está a ser feita em todo o mundo, havendo a destacar o facto de ao fazer-se a sua combinação com o HFR obtém-se um resultado final equivalente a 20fStops, algo próximo da resposta do olho humano.
Dada a importância da HDR, tanto para Cinema como Televisão, houve também uma Conferência sobre o tema, na qual participaram responsáveis pelo seu desenvolvimento cujas demonstrações aos presentes no Grande Auditório não deixaram nestes quaisquer dúvidas da necessidade da sua implementação.
Fomos, ainda, assistir à Conferência de Imprensa da AVID, tendo-se falado na recente integração da Orad no grupo, e na harmonia encontrada entre alguns dos seus produtos, tal como aconteceu com o Avid Studio Suit, assim como o grafismo em direto, os servidores de vídeo e os cenários virtuais.
Um outro tema em destaque foi a abertura dos servidores ISIS 1.000 aos produtos da Adobe e da Apple, respetivamente o Premier Pro e o Final Cut Pro X.
Na nossa deambulação pelo espaço de exposição encontramos mais uma empresa portuguesa, a “Tech4Home” a qual se dedica ao desenvolvimento e comercialização de controlos remotos de televisores e set-up-box, através de sinais RF comandados pela voz.
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