O conceito de “notícia fresca” tem-se alterado profundamente com os sucessivos saltos tecnológicos entretanto verificados como, por exemplo, as imagens da chegada a Portugal da Rainha Isabel II, em 1957, precisamente no ano em que a RTP iniciou as suas emissões, só muitas horas mais tarde é que foi para o “ar” sem ter perdido, contudo, o estatuto de “última hora”.
Tal ficou a dever-se ao facto de à época o suporte ser baseado em película filme de 16mm, o que impedia, à partida, a transmissão live (directo), face a tratamento que era necessário dar às imagens a anteceder a sua transmissão.
As câmaras electrónicas e os feixes hertzianos vieram dar aos jornais televisivos uma outra dinâmica, embora, de início, a quantidade de equipamento, pessoal técnico envolvido e toda a logística de suporte aconselhasse o uso moderado destes meios, sendo os mesmos restringidos, quase que exclusivamente, às grandes transmissões, como aconteceu com o futebol, ou, no caso português, a inauguração da Ponte sobre o Tejo (1966).
Entretanto, nos anos 70, o Mundo não podia ficar prisioneiro de processos tão lentos face ao manancial de notícias e eventos de primeira grandeza, os quais requeriam, numa primeira fase tratamento mínimo antes da sua emissão, como aconteceu com as então apelidadas, em Portugal, VTP’s (VideoTapes Portáteis), internacionalmente conhecidas pela sigla ENG (Electronic News Gathering-Recolha electrónica de notícias), ou, como alternativa a inclusão directa em qualquer bloco noticioso, aqui recorrendo numa primeira fase às ENG e ao sistema de transporte das imagens Feixes Hertzianos e num processo mais avançado com recurso ao satélite, apelidando-se, neste caso como SNG (Satelitte News Gathering-Busca notícias via satélite), cuja sigla se alterou, mais recentemente, para DSNG, sendo o D atribuído ao facto de as transmissões, entretanto, terem passado a ser feitas com a característica Digital.
Apesar da mobilidade, funcionalidade e fiabilidade alcançada, o “sonho” de tornar a notícia televisiva em cima do acontecimento como acontecia com a Rádio, estava, ainda, por alcançar, até que surgiu, finalmente, a solução, a qual se baseia numa simples câmara electrónica ligada a uma mochila, sendo a transmissão feita através da Internet móvel, ou, então, recorrendo-se a cartões de telemóvel, comportando-se esta como se se tratasse de uma chamada telefónica multivia, ou seja, procede-se à divisão da imagem e do som pelos vários cartões, tendo que se proceder de modo inverso no lado da recepção, ou seja, nos estúdios onde está a decorrer o jornal.
Um dos sistemas em exploração no mercado profissional é conhecido pela designação TVU-Pack, o qual tem vindo a ser desenvolvido pela empresa TVU Networks desde a sua fundação, em 2005, e que agora já consegue satisfazer os requisitos mínimos que uma emissão profissional implica.
Para além da transmissão em HD via telemóvel, recorrendo-se a redes 3G ou 4G, WiFi (Wireless Fidelity), WiMax (Worlwide Interoperability for Microwave Access) e BGAN (Broadband Global Area Network), o que torna possível a entrada em programa a qualquer hora do dia sem reservas antecipadas da via de transmissão, sete dias por semana e de qualquer ponto do globo.
Esta marca norte-americana é representada em Portugal por Pantalha, Sistemas de Processamento de Imagem.
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